terça-feira, 4 de maio de 2010

O eu que sou eu

A brisa leve,vagarosa,sem pressa,
Varre as encostas do meu ser.
Limpa os meus medos e purifica-me.
Eleva-me até onde tudo começa,

O vazio.

Olho-me de tão longe
Que quase não me vejo.
Não me vejo só a mim.
A multidão que me rodeia
Faz-me sentir pequeno e sozinho,

Como sempre.

Grito!

Mas em vão...
Não me oiço no meio da confusão.

Mais calmo, respiro,

Falo!

Falo para mim sem emitir uma única palavra, um único som.
Só eu me entendo, só eu me oiço.

As palavras, essas...levou-as o vento.

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