segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Há vida em morte

O que é a vida e a morte.

A diferença entre se estar vivo e estar morto reside na existência ou não de pensamento e sentimento.
No decorrer do tempo as prioridades sofrem alterações, no decorrer do tempo aquilo que se acha importante pode ser simplesmente arrumado num canto do consciente para dar lugar a algo novo, um pensamento mais ponderado e maduro. É difícil ao longo da vida fazer uma selecção lógica e racional das prioridades, já que grande parte das nossas prioridades, são emotivas quer queiramos quer não. No fundo somos os ditos animais com um instinto tão banal como um qualquer outro animal. Procuramos sempre o nosso conforto e o daqueles que nos rodeiam e são mais chegados. Certamente somos o nosso cérebro e é o nosso cérebro que simultaneamente controla a parte lógica e emotiva daquilo que somos. Todos somos diferentes, todos temos capacidades diferentes, todos temos condições diferentes e é nessas diferenças que se define a vitalidade de uma pessoa. Poderemos estar mortos estando vivos? Não conheço a definição de vida nem sei se ela existe. Será que alguém internado num hospital em que apenas o coração funciona e o seu cérebro se encontra apagado é considerado uma pessoa viva? Certamente que o seu coração bate e certamente que corre sangue nas veias, mas não somos nós somente o nosso cérebro? Ou seremos algo mais…? Será a vida definida apenas por um movimento involuntário, mecânico, de um órgão que permite a oxigenação do nosso corpo? Pessoalmente penso que não.
Na verdade, um não pode viver sem o outro. E é nesse conjunto de funções entre o cérebro e o coração que reside a vida.
Mas a questão principal encontra-se na definição absoluta da diferença entre vida e morte. O problema certamente não é definir morte, mas sim vida. O problema é saber quando alguém está vivo ou morto.
Cabe ao ser humano ser capaz, ter a coragem de tomar uma grande decisão, a decisão de dar a morte quando esta é necessária. Ou deverá o ser humano cingir-se à sua insignificância racional e deixar a emoção de parte?
Pessoalmente penso que não.
Mas na verdade quem somos nós para decidir quem vive ou quem morre?
Somos pessoas com diferentes sentimentos e movidos por diferentes paixões que “estão cá” e que devem fazer algo para fazer os outros felizes ou menos miseráveis. Acho que é um dever sermos e fazermos os outros felizes. Sem burocracias psicológicas, psiquiátricas e demasiado racionais que o impeçam. Se pensamos porque temos que pensar, porque não sentir porque temos sentimentos?
A felicidade não se mede, é apenas um estado de espírito, uma condição pontual ou não, que pode ser transmitida se quisermos ou não. Cabe ao ser humano decidir se quer transmitir essa felicidade, não só às pessoas que o rodeiam, mas ao próprio ambiente que o sustenta, aos grandes e pequenos seres vivos, que, apesar de alguns não terem cérebro, vivem.


*Texto escrito por mim noutro blog, mas que achei por bem colocar aqui.

2 comentários:

  1. ola ola :D

    passei por aqui gostei, comentei e sou desde já tua seguidora :D espero q tb possas passar no meu blog, seguir e comentar ;)

    Bjoquinhas

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  2. Wooow.
    Escreves mesmo bem. E concordo contigo... Sobre esse divagar...

    Afinal... Até que ponto estamos realmente VIVOS? :)
    Bonito.

    Kiss +

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Ora digam: