segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Meu amor


Meu amor,
Quem me dera poder reconfortar-te,
Estar a teu lado nos teus momentos de pavor.
Poder sorrir-te, alegrar-te.

Tento com o que me é possível tentar,
Umas quantas palavras acabadas em "pois..."
E depois fica um silêncio, não sei mais o que falar.
E tenho pena por mim, por nós dois.

Os teus projectos soam-me enormes, fantásticos,
Invejo-te pela tua garra, pela persistência.
Por vezes tens sonhos utópicos,
Assustadores, no entanto, com a mesma tendência.

Sabes aquilo que queres e queres o quanto puderes.
Eu sei que queres voltar para casa, para o teu mundo...
Para junto daqueles pequenos grandes prazeres
Que fazem da tua vida um oceano profundo.

Saberei o que te dizer um dia mais tarde
Por agora vou continuar a admirar-te,
E esta nossa chama que arde,
Vai continuar a aquecer-te e a desejar-te.

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